
TEMA 01: LUTAS
Desde o início da história humana, as lutas já eram vistas como uma forma de combate, daí vem a terminologia das artes marciais, “arte de guerra”.
Durante muitos anos, as artes marciais tiveram objetivo bélico, uma tradição em artes de combate, originalmente destinadas a causar lesões e morte em campos de batalha, utilizadas pelos exércitos em épocas de guerras.
Com o tempo, elas começaram a ter caráter filosófico e de busca de paz espiritual. No Japão, usa-se a terminologia “do”, caminho dedicado ao aperfeiçoamento do ser humano por meio da integração da mente, do corpo e do espírito.
Muitas lutas não são consideradas artes marciais, por não terem um caráter histórico voltado à guerra, e sim ao lado esportivo e cultural.
O KARATÊ
O caratê, nasceu na ilha japonesa de Okinawa, no século XVIII. Proibidos de usar armas no local, os habitantes criaram a arte marcial como forma de defesa contra o ataque de possíveis inimigos. A palavra karatê é o termo japonês para "mãos vazias" (kara significa vazio e te significa mão).
Como a invenção funcionou, ela começou a ser praticada constantemente na região, mesmo sem a necessidade de seu uso. A expansão da modalidade começou a acontecer no início do século XX, quando o mestre Gichin Funakoshi, mais precisamente em 1922, foi convidado pelo Ministério dos Esportes do Japão a conduzir apresentações de caratê na capital Tóquio.
KARATÊ NO BRASIL
Assim como a maioria dos esportes, o caratê chegou ao Brasil por meio de imigrantes – nesse caso, os japoneses. Isso teria acontecido no começo do século 20, quando os primeiros orientais desembarcaram no Porto de Santos.
A prática só se tornou esportiva, porém, na década de 1950, quando começaram a surgir as primeiras academias onde o esporte era ensinado. A modalidade cresceu, e o país conseguiu vencer o primeiro Campeonato Mundial em 1972, quando Luís Watanabe ganhou a competição de kumitê.
Depois disso, o Brasil passou a se posicionar quase sempre entre as dez melhores nações em competições internacionais. Atualmente, o país é uma das grandes forças do esporte nas Américas.
Golpes Básicos Karatê-Shotokan
KATA
CURIOSIDADES
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Ao lado do judô, o caratê é, atualmente, uma das artes marciais mais praticadas no Brasil – ensinada, inclusive, em escolas primárias. E um dos principais motivos para tamanha popularização foi o sucesso de um filme sobre o assunto. Karate Kid, de 1984, do diretor John Avildsen, conta a história de um professor japonês de artes marciais radicado nos Estados Unidos que conhece um garoto chamado Daniel (a quem ele chamava de Daniel-San, ou “Senhor Daniel”) e resolve ensinar técnicas de caratê a ele.
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A popularidade do caratê também já foi explorada no mundo dos videogames. Além dos jogos nos quais a modalidade é o tema central, um personagem carateca, em especial, tornou-se célebre em um dos games mais famosos da década de 90, o Street Fighter, que consagrou o lutador Ryu como um dos preferidos dos jogadores.
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Ao contrário do que acontece no judô, o caratê não é um esporte amplamente dominado pelos japoneses, criadores da modalidade. Apesar da supremacia nas competições individuais, os asiáticos levam desvantagem na história por equipes. Em campeonatos mundiais, os maiores vencedores da categoria em questão são a França e a Grã-Bretanha, com seis títulos cada, contra três da Espanha e somente um do Japão.
TEMA 02 - CORPO, SAÚDE E BELEZA: PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO FÍSICO
Manter-se fisicamente ativo constitui um dos pré-requisitos para que uma pessoa possa obter e/ou manter boa condição de saúde. Para isso, a atividade física e os exercícios devem promover melhorias na capacidade funcional do organismo, o que requer atender a princípios fisiológicos que norteiam a elaboração e o desenvolvimento de um programa de exercícios. Tais princípios, denominados princípios do treinamento, quando aplicados adequadamente possibilitam a melhoria das capacidades físicas, tanto em atletas quanto em não-atletas.
CAPACIDADES FÍSICAS
Ao longo da sua vida, você correu, chutou, arremessou, fez alongamentos, fintou, driblou e saltou. Mas será que você sabe quais foram as capacidades físicas que deram suporte para que você realizasse isso tudo?
agilidade: é a capacidade de executar movimentos rápidos com mudança de direção. Por exemplo, as fintas nos esportes coletivos e as coreografias na dança;
flexibilidade: é a capacidade de realizar movimentos com amplitude adequada, como nos alongamentos;
força: é a capacidade de vencer uma resistência pelas ações musculares;
resistência: é a capacidade de permanecer o maior tempo possível em uma atividade sem fadiga, por exemplo, correr grandes distâncias;
velocidade: é a capacidade de executar movimentos no menor tempo possível, como em uma corrida de curta distância em alta velocidade.
Os princípios do treinamento físico (atlético ou não) podem ser assim definidos:
Princípio da individualidade: diz respeito ao modo como as diferentes características e condições de cada indivíduo interferem nos efeitos pretendidos por um programa de exercícios. Compreende aspectos relacionados: ao sexo do praticante – características associadas às diferenças entre os homens e as mulheres; ao estágio de maturação biológica – ainda que a idade cronológica seja igual; ao nível inicial do condicionamento físico – quanto mais treinada ou condicionada for uma pessoa, menor sua “treinabilidade” (resposta ao exercício), e quanto menos treinada ou condicionada, mais treinável; à genética do praticante – alguns fatores genéticos, como predominância de determinado tipo de fibra muscular, podem interferir na resposta ao aprimoramento das capacidades físicas.
Princípio da sobrecarga: diz respeito ao aumento da carga de trabalho físico, que deve ser gradual e progressivo, de modo a estimular o organismo a se exercitar acima do nível ao qual está habituado, para que ocorram adaptações biológicas que aprimorem suas características morfológicas e funcionais. Para isso, deve adequar diferentes combinações entre frequência, intensidade e duração e volume de treinamento, conforme a capacidade física a ser desenvolvida. Frequência refere-se ao número de sessões semanais de um determinado exercício; intensidade, ao nível de dificuldade do exercício – quantidade de peso e velocidade suportados; duração e volume, ao período de tempo durante o qual o programa é realizado (macrociclo – semanas, meses), ou tempo gasto em uma única sessão de exercícios (minutos, horas).
Princípio da reversibilidade: diz respeito ao declínio na capacidade funcional, decorrente das perdas nas adaptações biológicas obtidas com o programa de exercícios, que ocorre quando a atividade física é suspensa ou reduzida. Representa um reajuste do organismo ao baixo nível de solicitação das capacidades físicas, tornando evidente o caráter transitório e reversível das melhorias oriundas da prática regular e contínua de exercícios físicos, principalmente quando essa regularidade ou continuidade deixa de ser mantida.
Fonte: FOSS; KETEYIAN, 2000; GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005; POWERS; HOWLEY, 2000
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://esporte.hsw.uol.com.br/pan-carate6.htm
http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-o-carate.html