Unidade Temática: Lutas
Objeto de Conhecimento: Lutas do mundo
Habilidades
(EF08EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. (EF08EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas.
As lutas evidenciam as disputas corporais, nas quais os participantes empregam técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário. Dessa forma, além das lutas presentes no contexto comunitário e regional, podem ser contempladas as lutas brasileiras, bem como lutas de diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay thai, boxe, boxe chinês, esgrima, kendo, kenjutsu etc).

História do Judô
O Judô é derivado do Ju-Jutsu, uma arte que serve tanto para atacar quanto para defender usando nada mais que o seu próprio corpo. Por muitos anos, o jovem Jigoro Kano, que nasceu no Japão, dedicou-se a estudar sobre as antigas formas de autodefesa, procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseadas em leis de dinâmica, ação e reação. Ele selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-Jutsu em um novo estilo chamado de Judô. O Judô reúne dois Kanjis (ideogramas), JU (suave) e DO (caminho) e os estilos de Ju-Jutsu japonês, TENJIN-SHINYO-RYU e o KITO-RYU, utilizados para dar base a sua criação e a alguns princípios filosóficos, entre eles: o SEIRYOKU-ZEN-YO – que é o princípio caracterizado pela mínima força e máxima eficiência utilizando a energia do oponente para superá-lo; e o JITA-KYOEI – que é o princípio caracterizado pela prosperidade e pelo crescimento mútuo para propiciar o convívio harmônico e solidário.

A filosofia do Judô tem por base o respeito ao seu oponente, como forma de auto respeito, assim, o mestre Jigoro Kano idealizou um código moral baseado em oito princípios básicos:
• Cortesia, para ser educado no trato com os outros;
• Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura;
• Honestidade, para ser verdadeiro em seus pensamentos e ações;
• Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus princípios; • Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta;
• Respeito, para conviver harmoniosamente com os outros;
• Autocontrole, para estar no comando das suas emoções;
• Amizade, para ser um bom companheiro e amigo.
JU “SUAVIDADE” – JUTSU “ARTE”
O Judô e o Jiu-Jitsu
O Judô e o Jiu-jitsu são considerados artes irmãs e complementares. Essas lutas têm em comum: rolamentos, projeções do oponente ao solo, imobilizações no solo e chaves de braço. Porém, no Jiu-jitsu ainda encontramos chaves de perna, joelho e pé.
Conhecendo o Jiu-Jitsu
O Jiu-Jitsu brasileiro, ou Brazilian Jiu-Jitsu, ou BJJ (grafado também como Jujitsu ou Jujutsu) é uma arte marcial de raiz japonesa que se utiliza essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e dominá-lo.

Alguns teóricos acreditam que a origem do Jiu-jitsu foi na Índia, e essa teoria pode ser encontrada em diversas fontes. No entanto, essa teoria relativiza a ideia de que a Índia foi o berço de todas as artes marciais, principalmente as técnicas que conquistaram o oriente. Essa teoria é baseada na decorrente apropriação cultural mobilizada pelo surgimento do Budismo que influenciou tanto a cultura chinesa quanto a japonesa. Outros apontam para o Japão, onde as técnicas de luta agrupadas para o treinamento de Samurais era conhecido como Jujutsu (palavra muito similar ao Jiu-jitsu). Essas técnicas deram origem ao Kano Ju-jutsu (que depois seria chamado de Judô). Quando Konde Koma, discípulo de Jigoro Kano veio ao Brasil, para difundir essa luta, começou a ser chamada de Jiu-jitsu pelos brasileiros.Dessa forma o Jiujitsu conhecido hoje como Brazilian Jiu-jitsu, é uma forma sistematizada de técnicas específicas do Judô passado pelo Sensei Mitsuyo Maeda, também conhecido como Konde Koma, que passou seu conhecimento sobre o Judô para a família Gracie. Eles mesmos ajustaram essas técnicas buscando novas possibilidades de eficácia e a provaram desafiando lutadores pelo Brasil e pelo mundo.

Os movimentos do Jiu-Jitsu
• Projeção ou queda: é qualquer desequilíbrio causado ao oponente que o leve ao chão.
• Passagem de guarda: é quando o lutador se encontra em cima do adversário, estando entre suas pernas, e passa para o lado do adversário, ficando em posição transversal e mantendo-o dominado.
• Joelho na barriga: é quando um lutador está por cima de seu adversário e põe o joelho sobre sua barriga, imobilizando-o.
• Montada: é quando o lutador monta em seu adversário, tendo seus joelhos e seus pés no solo.
• Pegada pelas costas: movimento em que o lutador pega seu adversário pelas costas utilizando os pés.
• Raspagem: movimento em que o lutador está por baixo, com o adversário entre suas pernas, e consegue inverter as posições.
As regras do Jiu-Jistu
• As lutas são supervisionadas por um árbitro e a duração de cada luta depende de uma série de fatores, sendo os principais a faixa etária em que os lutadores se encontram e a faixa usada por eles.
• Ao longo da luta, o participante pode ganhar ou perder pontos de acordo com o que executar.
• As punições podem acarretar a perda de 1, 2, 3 ou 4 pontos, de acordo com sua gravidade.
• As vantagens são igualmente variáveis.
• Quanto aos movimentos, o participante pode ganhar 2 pontos por queda, raspagem e joelho na barriga, 3 pontos por passagem de guarda e 4 pontos por montada e pegada pelas costas.
• O vencedor da luta é aquele que, ao final da partida, obtiver a maior soma final.
Unidade Temática: Esportes
Objeto de Conhecimento: Esportes Paralímpicos
HABILIDADES
(EF08EF21*) Identificar e discutir estereótipos e preconceitos relativos aos esportes Paralímpicos e propor alternativas para sua superação.
ESPORTE PARALÍMPICO: JUDÔ
ATIVIDADE 1: CEGO – “BLIND”
Judô Paralímpico
O Judô foi a primeira modalidade de origem asiática inserida no programa paralímpico. Este esporte é praticado por atletas com alguma deficiência visual e estreou nos Jogos Paralímpicos na edição de Seul 1988, apenas com as disputas no masculino. As mulheres só entraram nos tatames a partir dos Jogos de Atenas, em 2004. No Brasil, a entidade que comanda a modalidade é a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) e, no âmbito mundial, o Judô Paralímpico é administrado pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês), fundada em Paris, em 1981. No Judô Paralímpico as disputas são divididas por categorias de peso, da mesma forma que acontece no Judô Olímpico. A diferença é que, além da divisão por peso, há também uma classificação por grau de deficiência visual no Judô Paralímpico. Tanto no masculino, quanto no feminino, são três as classificações e todas começam com a letra B (de Blind, que é “cego” em inglês). Outra peculiaridade é que no Judô Paralímpico os atletas já iniciam a luta em contato com o quimono do oponente. Fonte: Confederação Brasileira de Judô
O ESPORTE COMO FATOR DE INCLUSÃO

Após assistir o vídeo, responda às questões da página 196 da apostila:
1. Porque antigamente as pessoas com deficiência não participavam das aulas de Educação Física?
2. Qual escola você quer para todos?
3. Qual é a diferença entre “Educação Física Inclusiva” e “Educação Física Adaptada”?
4. Quais são as principais mudanças que podem ser feitas nas regras, materiais e espaços para que todos possam participar?
A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS NAS ATIVIDADES FÍSICAS
É possível perceber a ideia crescente que o exercício físico tem como conseqüência a saúde do praticante, entretanto, embora um corpo ativo tenha respaldo no senso comum ser mais saudável, essa concepção não é necessariamente verdade.
Ou seja, não podemos afirmar que quando mais exercícios mais saúde ou que uma pessoa que não pratica exercício não seria saudável.
Outro parâmetro que temos que levar em conta é a popularização do fitness como mercado e conseqüentemente a venda deste “produto” na imprensa. Há de forma expressiva influência das mídias sociais no comportamento das pessoas.

Em 2019, um quarto do conteúdo consumido pela população mundial veio da internet, ultrapassando assim a TV. Isso com certeza gera novos hábitos, entre eles os relacionados a pratica de exercícios físicos.
Para se ter uma ideia, no Brasil há um crescimento elevado do uso de redes sociais, com 78,3 milhões de pessoas, o brasileiro, em média, gasta:
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5,26 horas por dia conectado à internet;
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3,47 horas com acesso móvel;
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3,47 horas navegando nas redes sociais (via mobile ou fixo);
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2,49 horas assistindo televisão.

A busca de informações sobre atividade física ficou no mesmo padrão de colocação anterior onde a internet continua sendo o meio mais utilizado pelos praticantes entrevistados, alcançando 78,4%.
O professor de Educação Física ficou em segundo lugar com 58,8%; seguido pela televisão com 17,6%, livros com 7,8%, revistas com 5,9% e jornal como última opção escolhida por 2% da amostra.
Um fato assustador deste cenário, é que mesmo diante do livro acesso ao professor, ele não é a fonte mais consultada de informação sobre exercício físico.

O incentivo às praticas físicas é apoiado pela maioria dos profissionais de saúde, contudo o “influenciador digital” não tem controle sobre particularidades fisiológicas, mecânicas, sociais e emocionais dos seus seguidores, estes parecem acreditar que a reprodução do exercício com fidelidade, como demonstrado na rede social terá o efeito similar ao visto pelo executante.
O profissional com a formação adequada e segura para a aplicação desses exercícios é o de Educação Física, pois quando a atividade é reproduzida de forma incorreta pode trazer prejuízos aos praticantes.
Nas últimas décadas, pelo próprio desenvolvimento científico no campo das ciências médicas e da saúde, a Educação Física passou a ser peça chave na prevenção e no tratamento de diversas doenças e na própria promoção da saúde.
